segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Museu do Carro Eléctrico


O edifício da Central Termoeléctrica, inaugurado no ano de 1915 é constituído por duas naves, uma acomodava as caldeiras, e a outra os geradores de energia para alimentar a rede de Carros Eléctricos da cidade do Porto. Esta unidade foi seleccionada para o Museu do Carro Eléctrico.

A 18 de Maio de 1992 é inaugurado o Museu do Carro Eléctrico, propriedade da STCP, S.A., no qual o património e memória histórica se encontram preservados, na “Política e Práticas de Gestão de Colecções” em documento público de 2001, assinado pelo Conselho de Administração da STCP, S.A., constituído pelo Professor Doutor Manuel de Oliveira Marques e pelo Professor Doutor Álvaro Fernando de Oliveira Costa e pelo Museu do Carro Eléctrico, representado pela Dr.ª Maria Beatriz Rangel e pela Doutora Cristina Mafalda Nieto Guimarães Pimentel.

Tem a missão definida nos seguintes termos: “O Museu do Carro Eléctrico é uma instituição que colecciona, preserva, conserva e interpreta em benefício do público, espécies e artefactos ilustrativos e representativos da história e desenvolvimento dos transportes públicos urbanos sobre carris da cidade do Porto.
Através da investigação e da exposição das suas colecções, da organização de exposições e programas de índole cultural o Museu do Carro Eléctrico proporciona aos seus públicos a oportunidade de aprender, experimentar e conhecer a história, o desenvolvimento e o impacto socioeconómico dos transportes públicos urbanos sobre carris da cidade do Porto”.

Este projecto surge pelo empenho e dedicação do Eng. António Ferrer da Silva Loureiro, membro do Conselho de Administração da STCP da qual era seu presidente o Eng. Eugénio Carlos Brito e encontra-se localizado conforme dito acima na antiga Central Termoeléctrica de Massarelos.

Com a demolição da Remise da Boavista, para nos seus terrenos ser edificada a Casa da Música, os parques oficinal e de recolha de Carros Eléctricos foram transferidos para as duas naves laterais do Museu.

No Museu, encontram-se expostos vários modelos de veículos operacionais em perfeito estado de conservação e considerados como património de interesse histórico devido às suas características, assim como peças e objectos relacionados.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Ano de maior rede de Carros Eléctricos – 1958


No relatório e contas de 1958 do Serviço de Transportes Colectivos do Porto, é indicado como o ano em que a rede de Carros Eléctricos teve a sua maior dimensão. Contudo, é referido que o Exercício se revelou mais uma vez negativo.

As causas invocadas para o resultado deficitário estão relacionadas da seguinte forma:

• Parque industrial desactualizado, aquando da entrega em 1946.
• Desgaste do material fixo e circulante, devido ao aumento de passageiros e quilometragem percorrida.

O estacionamento ao longo de artérias centrais criou sempre dificuldades à circulação dos Carros Eléctricos, isto devido ao crescente aumento do número de automóveis, com horários afectados, com os tempos de paragem impostos pelos agentes de autoridade nos cruzamentos e longas colunas de automóveis em marcha sobre as linhas, aliada à perda de prioridade do Carro Eléctrico em relação a todos os outros veículos.

O parque de viaturas sofreu uma cuidadosa assistência, tendo-se equipado os carros de grande lotação com novos motores de 68 C.V. . Em 1956, foi autorizada a montagem do sistema de sinalização de mudança de direcção em todos os Carros Eléctricos, pela Direcção Geral de Transportes Terrestres, sendo concluída em 1958.

O consumo anual de cêpos atinge o número de 45000 unidades para uma extensão de rede de 83.987quilómetros e um percurso quilométrico de 14.401.677.

Em serviço, reparação e reserva existe 192 Carros Motores, 20 Carros Atrelados e 31 Zorras Motoras.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Viva a segunda República





D. Carlos e o seu filho primogénito foram assassinados a 1 de Fevereiro de 1908, um grande crime, pois que aquele que tira a vida ao seu semelhante corta o fio de uma existência de expiação ou de missão. Aí é que está o mal.

A morte do rei foi o derradeiro acontecimento para o derrube do regime monárquico, a instauração da República, acontece dois anos depois, a 5 de Outubro de 1910.